Genealogia geral

 

São aqui apresentados alguns assuntos de genealogia geral na forma de curtos artigos. O índice contem artigos mais densos, marcados com o simbolo e apresentados em uma página dedicada.

 

 

 

 

Índice

 

 

 

Numeração

 

Os sistemas de numeração em genealogia ascendente

 

Numeração de Sosa-Stradonitz

Este sistema de numeração é muito simples a utilisar. Se você faz a sua árvore genealógica, utilisa o número 1, para o pai utilisa o número 2, para a mãe o número 3. Assim por diante, o 4 é atribuido ao avô paterno, o 5 à avó paterna... Deste modo, o sistema tem vários benefícios e permite, se o número não é muito grande, de situar ràpidamente a pessoa na árvore genealógica :

- Todos os homens têm um número par e todas as mulheres têm um número ímpar.

- Por outro lado, o pai duma pessoa tem sempre um número igual ao dobre do número dela ; e sua mãe o dobre mais um.

Exemplo : o pai de Ana Esteves, numerada 31, tem o número 62, e sua mãe tem o número 63.

 

Os sistemas de numeração em genealogia descendente

 

Numeração de d'Aboville

O sistema de numeração dos descendentes chamado de d'Aboville prevê de numerar simplesmente os filhos duma pessoa com um algarismo crescente a partir de 1.

Se você faz a sua árvore genealógica, utilisa o número 1 para si. Para o seu primogénito utilisa o numero 11, para o segundo o 12... De mesmo, para o seus netos utilisa o 111, 112... se são os filhos do seu primogénito ; e 121, 122... se são os filhos do segundo. Esta numeração pode também se combinar com a numeração duma genealogia ascendente. Por exemplo, o antepassado numerado 96 tem um filho numerado 961 ; é mesmo melhor escrever 96.1. Os filhos deste serão numerados 9611, 9612... o de maneira mais legível 96.11 e 96.12, o mesmo 96.1.1 e 96.1.2.

 

Numeração de Pélissier

Neste sistema de numeração chamado de Pélissier, variante da numeração de d'Aboville, os algarismos são substituidos por letras, mais legíveis, o que permite de ir para lá de 9 filhos. Aumentando um ponto para separar os numeros e as letras, e resevando as maiúsculas para os rapazes e as minúsculas para as raparigas, a identificação dum número é ainda mais facíl.

 

 

 

Vocabulário

 

Agnatico : diz-se de uma genealogia que só se interessa a parentada masculina. Em genealogia ascendente, só o ramo paterno é pesquisado. Em França, é este ramo que transmite o nome de família.

 

Agnomes : elementos que demonstram a ligação e homenagem des nossos antepassados. Exemplo : José Pedro Junior

 

Cognático : diz-se de uma genealogia que também se interessa à parentada feminina. Na genealogia ascendente, todos os antepassados, homens o mulheres são pesquisados. Fala se também de genealogia por quarto.

 

Consanguíneo : parente do lado paterno. Dois filhos nascidos de mães diferentes mas tendo o mesmo pai são chamados irmãos o irmãs consanguíneos.

 

De cujus : é o ponto de partida da árvore genealógica, quer dizer a pessoa numerada 1 no sistema de Sosa-Stradonitz. Por isso, é você quando estabelece a sua árvore genealógica.

 

Matronímico : nome da mãe transmito como apelido aos seus filhos

 

Particulares : pequenas particulas de ligação dos nomes. Exemplo : Anna de Souza

 

Patronímico : nome do pai transmitido como apelido aos seus filho

 

Prenome, o nome próprio : a primeira designação de identificação do indivíduo, conhecido popularmente como nome de baptismo.

- simples : aquele constituído de um único elemento designativo.

- composto : aquele constituído de dois o mais elementos designativos.

 

Sobrenome, patronímico, apelido de família, cognome : o segundo elemento designado do indivíduo. Demonstra a filiação (família de origem).

 

Uterino : usado para indicar um parente do lado materno. Dois filhos nascidos da mesma mãe mas de pais diferentes são chamados irmãos o irmãs uterinos.

 

 

 

Ramsés

 

Podem as pesquisas genealógicas recuar no tempo até Ramsés ?

 

Christian Settipani pensa que é mesmo certo. Este apaixonado de genealogia analisa minuciosamente desde a sua adolescência as genealogias antigas. Escreveu varios livros sobre as genealogias dos reis de França e apresenta as suas ideais de auto-estradas genealógicas no seu livro "Nos ancêtres de l'Antiquité", parecido em 1991. Sua hipótese é defendida por o genealógista francês Jean-Louis Beaucarnot. O site GeneAll relatava também as investigações de Christian Settipani.

 

Primeiro paço, e não é o mais fácil, estabelecer que descende de uma linhagem real :

- de um rei francês, Santo Luis, Hugues Capet ou Carlomagno,

- do primeiro rei portugués D. Afonso Henriques...

 

A partir deste ilustro antepassado, poderia-se recuar até os reis da Persia usando passarelas lançadas entre as linhagems reais. E da Persia, ainda poderia-se recuar até o grande faraó. Christian Settipani explica que a passarela entre as famílias occidentais modernas e as famílias orientais antigas é a esposa do rei Robert II de França. Esta princesa era filha do imperador Louis III (descendente direito de Carlomagno) e de sua esposa, Anna de Byzâncio, fillha do imperador do Oriento Léon VI.

 

No mesmo princípio, baseando-se sobre as genealogias mitológicas, seria possível estabelecer a sua árvore genealógica até Adão ou Zeus...

 

 

 

Assentos

 

Transcrição dos assentos

 

Pode-se expor algums princípios a seguir para ficar perto do texto original. O artigo publicado no GeneaWiki por os geneanautas apresentará algums complementos.

 

- É imperativo respeitar as mudanças de linha do assento original, mesmo no meio duma frase.

 

- Os caracteres ilegíveis/incompreensíveis devem ser trocados, se é possível, para caracteres normalizados. Escolhi o travessão "-". Deve poder-se contar as palavras incompreensíveis. Se algumas letras são legíveis, puz um travessão para cada letra presumida. Se é necessario de acrescentar algo, puz isso entre parentêses rectos "[ ]".

 

- A língua e a ortografia devem ser escrupulosemente respeitadas, mesmo aquelas dos nomes de família. E mesmo se há abreviaturas, é importante de nada acrescentar (ou então como explicado acima, entre parentêses rectos). Na medida em que são distintas, as maiúsculas devem ser sempre transcritas.

 

 

 

Ortografia

 

Primeiras observações

 

Nos mais antigos registos, os assentos de baptismo que datam do século 19, a ortografia é variável.

 

A letra "z" é frequentemente, para não dizer sempre, usada em lugar da letra "s" (na ortografia moderna) nas palavras que comtem o som. Por exemplo, encontra-se em todos os assentos de baptismo a palavra "mez". A regra aplica-se também aos apelidos como no assento de baptismo de Manuel de Sousa, onde sua mãe é nomeada Jozefa de Jezuz.

 

Da mesma maneira, a letra "o" aparece em lugar da letra "u". O assento de baptismo do meu bisavô indica que foi baptizado "do nome de Manoel que nasceo nesta freguezia".

 

Os padres eram com certeza as pessoas as mais sábias. Mas, a ortografia não era definitivamente fixada. Assim, pode encontrar-se as ortografias "Covilham" ou "Conceiçam", "sidade", "septembro", "settembro" ou "nepta"... Um mesmo parente pode ser nomeado "Thereza" no seu assento de baptismo, "Terêza" no assento de nascimento do seus filhos, e assinar "Tereza".

 

Para o conforto de leitura do visitante, os assentos de baptismo, de nascimento o de casamento são sistématicamento transcriptidos. A transcrição respeita exactamente a ortografia do autor. Só a pontuação é enriquecida com suplemento de vírgulas para facilitar a compreensão do texto. Para os nomes dos parentes apresentados neste site, escolhei de guardar a ortografia a mais recente e o nome o mais completo.

 

 

 

Carta de foral

 

Documento real que visava estabelecer um Concelho e regular a sua administração, limites e privilégios. A palavra "foral" deriva da palavra portuguesa "foro", que por sua vez provém do latina "fórum".

 

Os Forais foram concedidos entre o século XII e o século XVI. Eram a base do estabelecimento do município e, desse modo, o evento mais importante da história da vila ou da cidade. Era determinante para assegurar as condições de fixação e prosperidade da comunidade, assim como no aumento da sua área cultivada, pela concessão de maiores liberdades e privilégios aos seus habitantes, num período da História em que que as populações eram sujeitas a um regime de trabalho semi-escravo, na qualidade de servos dos senhores feudais.

 

O Foral tornava um concelho livre do controlo feudal, transferindo o poder para um concelho de vizinhos (concelho), com a sua própria autonomia municipal. Por conseguinte, a população ficava direta e exclusivamente sob o domínio e jurisdição da Coroa, excluindo o senhor feudal da hierarquia do poder. O Foral garantia terras públicas para o uso coletivo da comunidade, regulava impostos, pedágios e multas e estabelecia direitos de proteção e deveres militares dentro do serviço real.

 

Um pelourinho estava diretamente associada à existência de um Foral. Era erguido na praça principal da vila ou cidade quando o Foral era concedido e simboliza o poder e autoridade municipais.

 

Sob o reinado de Manuel I de Portugal os forais medievais - redigidos em latim bárbaro e já à época em mau estado de conservação - eram de difícil leitura e interpretação pelos oficiais das Câmaras, uma vez que também apresentavam grandes discrepâncias entre si. Com o objetivo de sistematizar a governação local ao nível administrativo, aquele monarca nomeou uma comissão que, durante duas décadas, procedeu à recolha de toda a documentação existente - Privilégios e antigos Forais - e reformulou-a segundo uma certa sistematização, o que fez com que os chamados "Forais Novos" sejam quase idênticos, assegurando uma certa unificação. São também conhecidos como de "leitura nova", uma vez que o monarca instituiu um novo tipo de letra caligráfica - o gótico librário -, mais inteligível. Em seu reinado foram reformulados 596 forais, reunidos nos "Livros dos Forais Novos". A reforma prolongou-se entre 1497 e 1520, abrangendo cerca de 570 concelhos.